Em períodos de baixa na economia é comum ver muitos empresários entrarem em desespero, não que isso seja totalmente controlável, mas nestes momentos é preciso ter calma e agir com tranquilidade acima de tudo.

Como inovar em épocas de crise
Como inovar em épocas de crise
É comum haver muitos conselhos de como fazer gestão do negócio, mas de fato o que é gestão?
Na prática, é ter controle sobre a empresa, fazer gestão é analisar números, resgatar todas as planilhas de Excel ou sistemas, comparar os controles e indicadores com outras épocas, analisar o histórico de vendas, custos e por ai vai. Após toda análise é preciso traçar um plano de ação e logo após colocá-lo em prática e controla-lo para que seja seguido e fazer novas intervenções.
Porém, fazer gestão com a mente focada somente em números e planilhas pode levar a uma visão errada do real problema da empresa, ao analisarem apenas números e indicadores os empresários chegam a conclusões óbvias demais para um mercado em tamanha mudança, quase sempre a conclusão é: precisa vender mais ou precisa gastar menos, estas duas soluções não estão totalmente erradas, mas podem levar o negócio para um caminho que talvez não tenha volta. Cortar custos, por exemplo, pode significar mandar gente embora, sacrificar algumas contas que são necessárias ao negócio ou então cortar alguns benefícios que indiretamente vão afetar as pessoas que ali trabalham, até mesmo o cafézinho para o cliente algumas vezes é cortado.
Nestas épocas é necessário mais do que gestão de números, o empresário precisa e deve inovar! Deve ser capaz de usar a sua criatividade para pensar diferente, escolher ferramentas certas para ouvir e encontrar nos seus clientes alguma necessidade escondida. Inovar não é apenas fazer tudo novo ou mirabolante, inovação pode estar em uma parte da jornada do cliente em sua empresa ou um novo modelo de fazer negócios.
Para conseguir inovar é preciso seguir alguns passos, vou elencar os principais de maneira resumida, o primeiro e mais importante é a empatia, que é a capacidade que o ser humano tem de se colocar no lugar do outro, ver, ouvir e sentir o seu cliente e seu mercado, o segundo é a análise cuidadosa do que se encontrou com a empatia, neste passo poderão sair alguns insights, que significa descobrir ou perceber algo que antes você não percebia, o terceiro passo é o momento das ideais, este é o mais divertido, as ideias precisam ser livres, fluidas, criativas e compartilhadas, o empresário deve abrir para todos opinarem, quanto mais ideia melhor, onde vai dar ninguém sabe, nem deve saber, senão não tem graça, por último é necessário testar a ideia, seja com um protótipo ou uma pesquisa, colher percepções é de extrema importância, pois podem alimentar novos insights que se tornarão novas ideias e por ai vai.
Este processo não deve cessar, caso isso aconteça é certo de que a empresa entrou na sua zona de conforto e isso só agravará mais a crise.